Comete pecado a
pessoa que sabe fazer o bem e não faz. (Tg 4.17)
Parece uma coisa nova: “saber o que é certo e não fazer é
pecado”. Não, não é nenhuma novidade, pelo menos para os leitores de Tiago.
Ele
já havia dito a mesma coisa em outras palavras: “A fé é assim: se não vier
acompanhada de ações, é coisa morta” (2.17).
Tanto o sacerdote como o levita
sabiam que, pelo menos em nome da religião, deviam parar na descida da serra
entre Jerusalém e Jericó para socorrer aquele homem deixado na estrada pelos
que o haviam assaltado.
Mas não o fizeram e, portanto, cometeram pecado. O
terceiro viajante que passava pelo mesmo caminho não cometeu pecado, porque o
socorreu (Lc 10.31-35).
Esse tipo de pecado é chamado de omissão, e ele é muito
mais comum do que se pensa.
Parece que os próprios teólogos chamam mais atenção para o pecado
de transgressão do que para o pecado de omissão.
Eles dizem que pecado é uma
“rebelião contra as normas de Deus”, “uma energia de reação irracional negativa
e rebelde contra Deus” ou uma “quebra da lei de Deus”.
Jesus ensinou o mesmo
que Tiago quando falou sobre o empregado que sabe o que o patrão quer e o
empregado que não sabe.
O primeiro, se não faz a sua obrigação, quando o patrão
chegar será muito castigado; o segundo, não sabendo o que o patrão quer e faz
algo errado, receberá um castigo mais brando. Por quê?
Porque o mais castigado
sabia o que tinha que fazer e não fez. O menos castigado não sabia e, por isso,
não poderia acertar (Lc 12.47-48).
Estando providencialmente na posição estratégica de tomar sobre
si a responsabilidade de levar o marido a evitar o morticínio já decretado dos
judeus, a rainha Ester, caso não o fizesse, estaria enquadrada no pecado
mencionado por Tiago (Et 4.16).
– Preguiça, comodidade, negligência e omissão são pecados!
Fonte:
Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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