segunda-feira, 24 de março de 2014

As duas vindas de Cristo

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E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver… Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês. [João 14.3-18]
No início e no final do capítulo 14 de João, Jesus diz a seus discípulos: “Não se turbe o coração de vocês” (v. 1, 27). 
Ele faz alusão a uma forma de angústia do coração da qual o mundo inteiro sofre e que nenhum cardiologista na terra é capaz de curar. 
João registra neste capítulo o diagnóstico e a prescrição do Médico dos médicos. Alguém poderia intitular o capítulo de “Problemas Espirituais do Coração: Causas e Cura”. 
Nesse caso, o motivo era a iminente partida do Mestre. Foi a perspectiva de serem deixados por Jesus que lhes tornou os corações angustiados, e a cura foi a fé em sua volta.
A vinda final de Cristo no final dos tempos é o tópico dos primeiros catorze versículos de João 14, embora eles sejam também aplicáveis à nossa morte. 
Jesus promete: “Vou preparar-lhes lugar” (v. 2), de modo que a morte para os crentes é como “ir para casa”; “voltarei” (v. 3); “os levarei para mim para que estejam onde eu estiver” (v. 3); “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (v. 6). 
É maravilhoso pensar que ele, que é o nosso destino, é também o nosso predecessor, nosso acompanhante e a nossa senda.
Os versículos de 15 a 26, no entanto, referem-se à vinda intermediária de Cristo. O fato de que ele viria no futuro não implicaria que viesse a deixá-los nesse meio tempo. 
Jesus não os deixaria sós, ele enviaria o Espírito Santo, ou, melhor, ele próprio viria na pessoa do Espírito Santo. 
Mas para quem viria Jesus? Ele se mostraria aos que o amavam e estes mostrariam o amor por meio da obediência (v. 21).
Nos cinco últimos versículos (v. 27-31), João retorna ao assunto da partida iminente de Cristo. 
Novamente Jesus diz aos discípulos para não ficarem angustiados ou temerosos. Sua palavra é “Shalom!” “Paz!” 
Matthew Henri escreve sobre isso com o encanto costumeiro: Quando Cristo estava para deixar este mundo, sua vontade foi feita. 
Entregou a alma ao Pai e deixou seu corpo com José de Arimateia; suas roupas caíram aos pés dos soldados; sua mãe, ele entregou aos cuidados de João. 
Mas o que deixaria aos seus discípulos, aqueles que haviam abandonado tudo por ele? Prata e ouro ele não possuía, mas deixou-lhes algo infinitamente melhor: sua paz.
Para saber mais: João 14.1-31

Fonte:  Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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