E Abraão foi
chamado de “amigo de Deus”. (Tg 2.23)
Apesar de uma ou duas mentirinhas (Gn 12.13; 20.5), apesar de
ter tomado Agar como sua concubina (Gn 16.3) e apesar de alguns tropeços na fé
(Gn 15.3), Abraão é chamado de “amigo de Deus”.
Sabe-se disso por causa de
Josafá. A certa altura, o rei disse ao Senhor: “deste a terra deles para sempre
a nós, os descendentes de Abraão, teu amigo” (2Cr 20.7).
Sabe-se disso também
por causa da palavra do próprio Deus dirigida ao povo na época do profeta
Isaías: “Vocês são descendentes de Abraão, meu amigo” (Is 41.8).
Seria Abraão o servo predileto de Deus? Por que não Enoque, que
“viveu sempre em comunhão com Deus” (Gn 5.24)?
Por que não Noé, o pregoeiro da
justiça? Por que não Davi, o homem segundo o coração de Deus? Por que não
Moisés, o homem que preferiu “sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por
pouco tempo, os prazeres do pecado” (Hb 11.25)?
Por que não o profeta Elias, o
profeta Isaías, o profeta Jeremias, ou qualquer um dos outros profetas?
Por que
não João Batista, o precursor de Jesus? Por que não João, o discípulo amado de
Jesus? Por que não Paulo, aquele que confessa “para mim viver é Cristo” (Fp
1.21)?
Essa distinção dada a Abraão tem muito a ver com a sua fé. Isso
porque a Bíblia diz que “sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a
ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo
melhor” (Hb 11.6).
Uma fé crescente, uma fé robusta, uma fé precisa, uma fé
corajosa, uma fé continuada, uma fé viva, uma fé teórica e prática, uma fé que
crê e faz – só pode agradar a Deus.
Deus não pode deixar de se agradar de um homem disposto a
sacrificar para ele o filho que custou a nascer, o filho que ele tanto amava, o
filho que seria seu herdeiro.
Abraão amou tanto a Deus que lhe deu seu único
filho e Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu único Filho!
- Ser amigo de Deus é mais do que ser servo de Deus!
Fonte:
Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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