Se algum de
vocês estiver sofrendo, ore. (Tg 5.13a)
Pode parecer simples demais a solução apresentada por Tiago ao
irmão que está sofrendo: ele deve recorrer à oração. O conselho dele contrasta
com os conselhos que geralmente são dados hoje:
Se alguém está sofrendo, procure se distrair: ligue a televisão,
leia um livro, vá ao cinema.
Se alguém está sofrendo, beba vinho (ele sempre alegra), fume
maconha (ela sempre provoca sensações agradáveis), faça amor (o sexo é sempre
bom), vá ao shopping curtir (as compras sempre distraem).
Se alguém está sofrendo, tome fluoxetina ou outro antidepressivo
qualquer.
Se alguém está sofrendo, procure o pastor (ele sempre ora por
você) ou o psicólogo (ele sempre o ouve).
Se alguém está sofrendo, dê um tiro no ouvido.
Tiago poderia mencionar situações semelhantes:
Se alguém está aflito, ore.
Se alguém está triste, ore.
Se alguém está passando por um contratempo, ore.
Se alguém está com uma doença supostamente grave, ore.
Se alguém está desanimado, ore.
Para o irmão que está sofrendo e já ora, Tiago diria: continue a
orar.
Para dar esse tipo de conselho, subentende-se que Tiago é um
usuário da oração. É também uma espécie de doutor em oração, como se vê em
versículos anteriores e posteriores.
Ele entende de oração. Sabe do que fala.
Não é um aventureiro, um novato em oração, um palpiteiro, um irresponsável.
Ele
não teve espaço suficiente para reforçar o seu conselho com a promessa do Pai:
“Se me chamarem no dia de aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão” (Sl
50.15).
– Quando o pobre sofredor ora, o Senhor o livra de suas aflições!
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