quinta-feira, 17 de abril de 2014

O brado de triunfo

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Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!”. [João 19.30]

Nas três primeiras palavras da cruz vimos Jesus como nosso exemplo, e na quarta e quinta palavras, como aquele que carrega os nossos pecados. Agora, nas duas últimas, ele aparece como o vencedor, pois elas expressam a vitória que ele conquistou por nós.

Alguém pode afirmar que as palavras do sexto clamor (“está consumado”) sejam as mais importantes jamais pronunciadas.

Já antevendo aquele momento, Jesus havia afirmado que completara a obra que viera realizar no mundo (17.4). Assim, na cruz ele faz uma declaração pública a esse respeito. 

Seu clamor não é um gemido de desespero de alguém que está morrendo resignado e derrotado. É um grito, de acordo com Mateus e Marcos, bradado “em alta voz” (Mt 27.50), proclamando uma vitória retumbante.

O verbo grego (tetelestai) está no tempo perfeito, indicando uma conquista de resultados duradouros. 

Poderia ser traduzido por “ela foi e permanece para sempre conquistada”, pois Cristo fez o que a Carta aos Hebreus chama de “um único sacrifício pelos pecados” (Hb 10.12) e que o Livro Comum de Oração chama de “um sacrifício pleno, perfeito e suficiente, oblação e satisfação pelos pecados do mundo inteiro”. 

Logo, porque Cristo concluiu a obra de carregar os nossos pecados, nada nos resta a fazer, nem mesmo a contribuir.

Para demonstrar a natureza satisfatória do sacrifício de Cristo, o véu do templo foi rasgado de “alto a baixo” (Mt 27.51), como prova de que a mão de Deus havia feito aquilo. 

Essa cortina havia permanecido por séculos entre o santuário e o Santo dos santos como um emblema da inacessibilidade de Deus aos pecadores; ninguém podia penetrar além do véu na presença de Deus, exceto o sumo sacerdote no Dia da Expiação. 

Porém, com o sacrifício de Jesus na cruz, o véu foi rasgado ao meio e retirado, pois não era mais necessário. 

Os adoradores nos pátios do templo, reunidos para o sacrifício do entardecer, foram dramaticamente informados sobre outro e melhor sacrifício, pelo qual eles poderiam se achegar a Deus.

Para saber mais: Hebreus 10.11-14, 19-25


Fonte: Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.


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