sexta-feira
Deus revelou a eles que o trabalho que fariam não era para o
benefício deles, mas para o bem de vocês. (1Pe 1.12a)
Muito do que fazemos hoje não é para nosso benefício pessoal,
mas para benefício alheio.
O pregador que anuncia o evangelho, o pastor que pastoreia
o rebanho, o capelão que dá assistência aos doentes e aos que estão presos, o
missionário que evangeliza os povos não alcançados, os que sofrem violência e
não respondem com violência, o pai que educa o filho no temor do Senhor, o
cientista que pesquisa para encontrar outros recursos para aliviar a dor dos
doentes, o cônjuge que não bebe água de outra cisterna – são apenas alguns
exemplos de pessoas como os antigos profetas que anunciavam boas notícias para
outra época e para outras pessoas.
Não tem como fugir – o que fazemos pode ser em benefício
próprio, pode ser em benefício alheio e pode ser tanto em benefício próprio
como em benefício alheio.
Nem sempre o que pensamos e dizemos ser em benefício alheio
expressa a verdade. É muito comum, por exemplo, virmos alguém distribuir
dinheiro aos pobres não por causa dos pobres, mas para que os meios de
comunicação passem uma boa imagem do doador.
Por causa da maldade intrínseca e por causa da cultura do meio
em que se vive, fazer algo em benefício alheio com toda a honestidade é uma
virtude rara.
O ser humano é concentrado em si mesmo de modo doentio. Ele gira
em torno do seu ego, do seu nome, dos seus bens, dos seus desejos, dos seus
sonhos, da sua realidade, do seu futuro, do seu interesse, da sua vontade.
O
homem natural tem dificuldade de mover sequer uma palha em benefício alheio, em
benefício dos órfãos, das viúvas e dos estrangeiros, dos moradores de rua, dos
oprimidos, dos desgraçados, dos suicidas, dos que estão a caminho da morte
física e da morte eterna.
No entanto, a mensagem do evangelho ensina que o
crente deve amar os outros como ama a si mesmo.
– O “eu” precisa descer do trono para ser crucificado!
Fonte:
Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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