segunda-feira
Vocês o amam,
mesmo sem o terem visto, e creem nele, mesmo que não o estejam vendo agora. (1Pe 1.8)
Em que caso a graça é maior – para os que viram e creram ou para
os que não viram e creram? Em que caso a graça é maior, para aquela mulher de
má fama, cujos muitos pecados foram perdoados por Jesus (Lc 7.37, 47), ou para
aquele verdadeiro israelita, um homem direito e sincero (Jo 1.47)?
Em que caso
a graça é maior, para aquele levita nascido na ilha de Chipre que vendeu o
terreno para ajudar os pobres (At 4.36-37) ou para aquele benjamita nascido em
Tarso que prendia e torturava os cristãos (At 26.9-11)?
Seja a maravilhosa graça menos extensa ou mais extensa, isso não
importa muito. Onde aumentou a distância, a ignorância e o pecado, “a graça de
Deus aumentou muito mais” (Rm 5.20). A graça de Deus é elástica!
Parece que Pedro está bondosamente reconhecendo alguma vantagem
dos crentes da Diáspora: eles nunca haviam visto o Senhor, mas mesmo assim o
amavam; eles continuavam sem ver o Senhor, mas mesmo assim criam nele.
Não é o
caso dos primeiros discípulos: eles viram e ouviram o Senhor diversas vezes e
ainda tocaram nele. O próprio Pedro e os dois filhos de Zebedeu chegaram a ver
Jesus no monte da Transfiguração e no jardim do Getsêmani.
Ele conta isso na
Segunda Carta: “Com os nossos próprios olhos nós vimos a sua grandeza” e “nós
mesmos ouvimos essa voz que veio do céu quando estávamos com o Senhor Jesus no
monte sagrado” (2Pe 1.17-18).
Enquanto Tomé, um dos Doze, ofereceu cuidadosa e pecaminosa
resistência para acreditar na ressurreição do Senhor, dizendo que só o faria
caso visse o sinal dos pregos nas mãos dele e o sinal do corte feito no lado do
corpo dele, aqueles que se converteram depois da ascensão de Jesus, além de
crerem tranquilamente no Senhor, ainda o amavam! Pedro foi muito justo ao
reconhecer isso.
– O povo de Deus que vive espalhado por este mundo afora verá o
Senhor quando ele vier nas nuvens!
Fonte:
Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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