sábado
Enquanto eu
viver, é justo que faça com que vocês se lembrem dessas coisas. (2Pe 1.13)
Numa carta mais informal e um pouco mais longa, Pedro escreveria
assim:
“Não quero ser chato, não quero amofinar vocês, não quero
cansá-los. Pelo contrário, o que eu desejo é pastorear vocês. Considero-me
pescador e pastor de almas e, como tal, tenho uma grande responsabilidade
diante de Deus. Foi Jesus que me escolheu e me vocacionou. Deixem-me contar um
pouco de como, onde e quando ocorreu essa vocação.
“Nós éramos uma família de pescadores (inicialmente só de
peixes). Certo dia, há muito tempo, eu e meu irmão André estávamos pescando no
mar da Galileia e vimos, na praia, um aglomerado de pessoas ao redor de um
homem ainda jovem (30 anos no máximo).
Como não tínhamos apanhado nada durante
a noite toda nem naquela manhã, voltamos para a praia exatamente onde se
encontrava a multidão.
Para minha surpresa, aquele homem entrou no meu barco,
pediu-me que o afastasse um pouco da praia, sentou-se naquele travessão que
amarra os dois lados do barco e continuou a falar.
Era o nosso Senhor, o
Nazareno. Quando terminou, ele ordenou que eu e os outros pescadores da empresa
de pesca levássemos o barco para onde as águas fossem mais profundas e
voltássemos a pescar.
Pescamos tanto peixe que as redes estavam se rebentando!
Quando voltamos, eu me ajoelhei diante de Jesus, e, sentindo o peso dos meus
pecados, pedi que ele se afastasse de mim.
Eu estava muito admirado, bem como
André, Tiago e João. Em vez de fazer o que eu havia pedido, Jesus me disse:
‘Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente’ (Lc 5.1-11).
Então,
deixei as redes e me tornei sucessivamente discípulo, apóstolo e pregador do
evangelho. É por causa dessa vocação bucólica que eu lhes escrevo: enquanto eu
viver, considero justo pastoreá-los”.
– Há muitas ovelhas sem pastores precisando de cuidado!
Fonte:
Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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