segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O óleo do ímpio

segunda-feira

Não perfume a minha cabeça o óleo do ímpio. (Sl 141.5.)

Existem muitos tipos de óleo — o óleo que Jacó derramou sobre a coluna de pedra erigida no lugar em que Deus lhe falara (Gn 35.14), o óleo da unção do tabernáculo e dos sacerdotes (Êx 30.22-33), o óleo do amor fraternal (Sl 133), o óleo da alegria (Sl 45.7), o óleo farmacológico (Lc 10.34) e o óleo da cura (Mc 6.13; Tg 5.14).

Além desses, há o chamado óleo do ímpio: “Não perfume a minha cabeça o óleo do ímpio” (Sl 141.5). É o único não desejável. 

É o óleo repelente, oposto ao óleo várias vezes chamado de óleo sagrado. O salmista não quer esse óleo em sua cabeça em hipótese alguma.

O texto é obscuro e não tem uma só versão. A Bíblia de Jerusalém, a Edição Pastoral, a tradução da CNBB e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje mostram que o óleo do ímpio significa uma perigosa forma de comprometimento com o mal, uma associação complicada e prejudicial ao servo de Deus. 

Na EP está escrito: “Que o justo me bata, que o bom me corrija. Que o óleo do injusto não me perfume a cabeça, pois eu iria me comprometer com suas maldades”. 

A NTLH é mais explícita: “Eu aceito que uma pessoa direita me repreenda ou castigue, pois isso é um gesto de amizade; mas eu nunca aceitarei elogios dos perversos e continuarei a orar contra a ruindade deles”.

O salmista enxerga a sutileza do óleo do ímpio. 

Esse unguento também perfuma a cabeça. Mas, em compensação, enfraquece os compromissos, enfraquece o caráter, enfraquece e deturpa a visão. 

É melhor receber a reprimenda do justo do que o óleo do ímpio, isto é, a sua bajulação e mentiras!

Fonte: Retirado de Refeições Diárias com os Salmos. Editora Ultimato.

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/12/01/autor/elben-cesar/o-oleo-do-impio/

Nenhum comentário:

Postar um comentário