segunda-feira
Não perfume a minha cabeça o óleo do ímpio. (Sl 141.5.)
Existem muitos tipos de óleo — o óleo que Jacó derramou sobre a coluna de pedra erigida no lugar em que Deus lhe falara (Gn 35.14), o óleo da unção do tabernáculo e dos sacerdotes (Êx 30.22-33), o óleo do amor fraternal (Sl 133), o óleo da alegria (Sl 45.7), o óleo farmacológico (Lc 10.34) e o óleo da cura (Mc 6.13; Tg 5.14).
Além desses, há o chamado óleo do ímpio: “Não perfume a minha cabeça o óleo do ímpio” (Sl 141.5). É o único não desejável.
É o óleo repelente, oposto ao óleo várias vezes chamado de óleo sagrado. O salmista não quer esse óleo em sua cabeça em hipótese alguma.
O texto é obscuro e não tem uma só versão. A Bíblia de Jerusalém, a Edição Pastoral, a tradução da CNBB e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje mostram que o óleo do ímpio significa uma perigosa forma de comprometimento com o mal, uma associação complicada e prejudicial ao servo de Deus.
Na EP está escrito: “Que o justo me bata, que o bom me corrija. Que o óleo do injusto não me perfume a cabeça, pois eu iria me comprometer com suas maldades”.
A NTLH é mais explícita: “Eu aceito que uma pessoa direita me repreenda ou castigue, pois isso é um gesto de amizade; mas eu nunca aceitarei elogios dos perversos e continuarei a orar contra a ruindade deles”.
O salmista enxerga a sutileza do óleo do ímpio.
Esse unguento também perfuma a cabeça. Mas, em compensação, enfraquece os compromissos, enfraquece o caráter, enfraquece e deturpa a visão.
É melhor receber a reprimenda do justo do que o óleo do ímpio, isto é, a sua bajulação e mentiras!
Fonte: Retirado de Refeições Diárias com os Salmos. Editora Ultimato.
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