quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Abatimento profundo

Dá atenção ao meu clamor, pois estou muito abatido. (Sl 142.6.)

Às vezes minha crise de ânimo é leve e passageira. Pesa como a palha e dura como a relva do campo, que brota pela manhã e à tarde murcha. 

Outras vezes, minha crise de ânimo é pavorosa e chega bem perto da depressão. Deixa-me a impressão de que pesa uma tonelada e que nunca vai terminar.

Nesse abatimento profundo preciso orar como o salmista, sem usar de subterfúgios: “Dá atenção ao meu clamor, pois estou muito abatido” (Sl 142.6). 

Será muito bom se eu usar expressões sinônimas — encontradas em outras versões — para ser cada vez mais preciso: Dá atenção ao meu grito, pois “já estou muito fraco”, pois “já estou esgotado”, pois “estou numa extrema miséria”, pois “estou numa angústia extrema”, pois “estou caindo em desespero”, pois “me vejo muito fraco”.

Não quero entrar em desespero, não quero adoecer, não quero me matar. O que eu quero é sair deste túnel, ver a luz do dia e livrar-me desta prisão. 

Por isso, continuo a minha oração e o meu clamor: “Liberta-me da prisão, e renderei graças ao teu nome” (Sl 142.7).

Assim como os filhos de Israel atravessaram o mar Vermelho, atravessaram o deserto, atravessaram o rio Jordão, eu quero atravessar o abismo que há entre o clamor e a ação de graças, entre o abatimento profundo e a ação libertadora de Deus. 

Quero sair do inferno e entrar no Paraíso. Quero ter intrepidez para sair do santuário e entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, “pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu” (Hb 10.20)!

Fonte: Retirado de Refeições Diárias com os Salmos. Editora Ultimato.

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/12/07/autor/elben-cesar/abatimento-profundo/

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