Marcos 13:14-37 [Favor ler abaixo]
A Igreja não terá de passar pelas terríveis tribulações que o remanescente
judeu irá experimentar (Apocalipse 3:10). Ao repousar sobre esta certeza,
devemos, todavia, temer cair no sono espiritual, o qual é, realmente, um perigo
enquanto vivemos na longa noite moral e de provas deste mundo. Pensemos no
iminente retorno do Senhor e apropriemo-nos das sérias exortações deste
capítulo. Uma curta parábola apresenta-nos o Senhor como o dono de uma casa que
se ausentou do país depois de ter deixado os seus bens sob a responsabilidade
de seus servos. Cada um recebe "a sua obrigação"... precisa e
particular. E o Dono não faz qualquer restrição, nem mesmo quanto à diversidade
das tarefas a serem feitas. Em algumas traduções desta passagem lemos "a
cada um a sua obra"... sugerindo assim um número ilimitado de diferentes
tarefas que o Senhor tem preparado para os Seus (conforme Romanos 12:6-8).
A breve instrução recebida pelo porteiro, ao qual foi ordenado vigiar (v.
34), é igualmente dirigida "a todos"... a saber, a você e a mim (v.
37). E (observem este detalhe) é com esta palavra "vigiai" que
terminam os ensinamentos do Senhor Jesus no Evangelho de Marcos. Guardemos então
esta palavra em nossos corações, como se conserva cuidadosamente a última
recomendação de um ser amado que nos deixou, mas que voltará de novo.
Marcos 13.14-37
14 Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde
não deve estar (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para
os montes;
15 quem estiver em cima, no eirado, não desça nem entre para tirar da sua casa
alguma coisa;
16 e o que estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.
17 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
18 Orai para que isso não suceda no inverno.
19 Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o
princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá.
20 Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por
causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias.
21 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não
acrediteis;
22 pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios,
para enganar, se possível, os próprios eleitos.
23 Estai vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito.
24 Mas, naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não
dará a sua claridade,
25 as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
26 Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória.
27 E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da
extremidade da terra até à extremidade do céu.
28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam,
e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.
29 Assim, também vós: quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está
próximo, às portas.
30 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
31 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
32 Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem
o Filho, senão o Pai.
33 Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis quando será o tempo.
34 É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade
aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie.
35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã;
36 para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo.
37 O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!
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