Nós a ouvimos [a Palavra da vida] e com os nossos próprios olhos a vimos. (1Jo 1.1c)
Nunca a audição, a visão e o tato foram tão importantes. Por
meio dos ouvidos, eles ouviram as palavras de Jesus; por meio dos olhos, eles
viram a glória de Jesus; e por meio dos dedos, eles tocaram o corpo
ressuscitado de Jesus.
A assimilação da primazia do Verbo não podia permanecer só na
memória dos discípulos. Ela era elevada demais, comprida demais, larga demais e
profunda demais para caber na memória deles. Ela transbordou e foi enchendo
todos os buracos do céu, todos os vazios da terra e todos os abismos das
regiões inferiores da terra. Ela foi derramada em Jerusalém, na Judeia e
Samaria, na Ásia Menor, na Grécia, em Roma, e chegou aos confins do mundo. Ela
foi repassada de boca em boca, de mão em mão, de ouvido em ouvido, de memória
em memória, de alma em alma. Ela foi escrita, foi falada, foi gravada, foi
visualizada, foi proclamada. Nesse afã incontrolável de testemunhos de Jesus,
alguns foram apedrejados, mortos à espada, decapitados, queimados, esmagados,
trucidados, devorados por leões, serrados pelo meio, fuzilados, jogados ao mar
e crucificados de cabeça para baixo nas praias dos confins do mundo um pouco
antes da maré alta.
Toda essa história começou quando os discípulos viram com seus
próprios olhos aquele que existe desde a criação do mundo, quando ouviram com
seus próprios ouvidos a Palavra da vida, quando apalparam com seus próprios
dedos aquele que é a imagem visível do Deus invisível. Não sobrou uma dúvida
sequer depois que ele foi visto, ouvido e tocado. A igreja começou aí. As
missões começaram aí. A esperança começou aí. A ressurreição começou aí!
— Não há outra história tão verdadeira, tão revolucionária e tão
bela quanto a história do Verbo que se fez carne!
Fonte: Retirado de Refeições
Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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