quinta-feira
Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus. (Miqueias 6.8)
Até as pessoas mais dispostas espiritualmente têm dificuldade em escapar da tentação de amarem a si mesmas. Assim que elas percebem que são melhores do que outros em alguma coisa, começam a amar a si mesmas e a olhar os outros do alto.
As Escrituras nos fornecem um exemplo aterrorizante disso com a história de Saul. Ele era muito bem quisto e não havia alguém igual a ele em Israel (1Sm 9.2). Ele estava cheio do Espírito do Senhor. No entanto, ele não fez o que Miqueias ordenou nessa passagem. Assim, caiu em terrível desgraça e foi rejeitado por Deus.
Os pais da igreja falaram o seguinte sobre a tentação de amar a nós mesmos: “Não importa onde você lance a cabeça de um cardo, ele sempre ficará de pé”. Semelhantemente a um cardo, essa atitude ímpia facilmente se enraíza nos corações dos cristãos. É difícil para os cristãos evitar o amor próprio.
Como Agostinho afirmou, esse é o único mal que se agarra às boas obras. É por isso que Deus permite que o seu povo escorregue para o pecado, assim como permitiu que Pedro e Davi caíssem.
Chocados com sua queda, os cristãos então se humilham. Eles passam a ter medo de pensar tão alto sobre si mesmos e querem manter em mente quão fracos eles ainda são. Foi por isso que Davi clamou: “O meu pecado sempre me persegue” (Sl 51.3).
Os cristãos se humilham ao reconhecer e olhar para as suas fraquezas e seus pecados. Assim, tentam evitar ter orgulho de suas obras ou dos dons do Espírito que receberam de Deus. Isso é o que significa “andar humildemente com o seu Deus”. Devemos ser genuinamente modestos e humildes, desejando permanecer em segundo plano. Nunca devemos procurar honra e louvor pelas boas obras que praticamos.
Fonte: Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
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