Marcos 8:1-21 [Favor ler abaixo]
Podemos ter diferentes motivos
- mais ou menos louváveis - para fazer o bem. Podemos buscar a consideração dos
demais como os fariseus, ou talvez pretendamos aquietar a nossa consciência
cumprindo com o nosso dever social.
E quantas obras, na cristandade, não têm
senão estas motivações! Mas o que constantemente movia o Senhor Jesus era a Sua
compaixão por essas multidões, as quais alimenta aqui uma segunda vez num ato
de poder (v. 2; 6:34).
O nosso contato diário com o mundo - com a sua cobiça e
sujidade - pode endurecer-nos.
Quando estamos habituados a ver à nossa volta a
miséria material, moral e sobretudo espiritual, então nós já não mais sofremos
muito com isso. Mas o coração do Senhor Jesus permanecia divinamente sensível.
O estado do surdo e gago no capítulo 7:34 O fez suspirar, erguendo os olhos ao
céu. Aqui, no versículo 12, é a incredulidade dos fariseus que O faz suspirar
profundamente.
E, finalmente, a dureza do coração de Seus discípulos também O
aflige (vide 6:52; 7:18).
Os dois milagres dos quais eles haviam participado
não tinham sido suficientes para lhes dar confiança em seu Mestre! (João
14:8-9). Quanto o Senhor sofreu durante a Sua vida aqui na Terra por compaixão,
mas também por causa da incredulidade e da ingratidão dos homens... e, às vezes,
até daqueles que eram Seus!
Marcos 8.1-21
1 Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e
não tendo eles o que comer, chamou Jesus os discípulos e lhes disse:
2 Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não
têm o que comer.
3 Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e
alguns deles vieram de longe.
4 Mas os seus discípulos lhe responderam: Donde poderá alguém fartá-los de pão
neste deserto?
5 E Jesus lhes perguntou: Quantos pães tendes? Responderam eles: Sete.
6 Ordenou ao povo que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães,
partiu-os, após ter dado graças, e os deu a seus discípulos, para que estes os
distribuíssem, repartindo entre o povo.
7 Tinham também alguns peixinhos; e, abençoando-os, mandou que estes igualmente
fossem distribuídos.
8 Comeram e se fartaram; e dos pedaços restantes recolheram sete cestos.
9 Eram cerca de quatro mil homens. Então, Jesus os despediu.
10 Logo a seguir, tendo embarcado juntamente com seus discípulos, partiu para
as regiões de Dalmanuta.
11 E, saindo os fariseus, puseram-se a discutir com ele; e, tentando -o,
pediram-lhe um sinal do céu.
12 Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido e disse: Por que
pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe
dará sinal algum.
13 E, deixando-os, tornou a embarcar e foi para o outro lado.
14 Ora, aconteceu que eles se esqueceram de levar pães e, no barco, não tinham
consigo senão um só.
15 Preveniu-os Jesus, dizendo: Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do
fermento de Herodes.
16 E eles discorriam entre si: É que não temos pão.
17 Jesus, percebendo -o, lhes perguntou: Por que discorreis sobre o não terdes
pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido?
18 Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais
19 de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de
pedaços recolhestes? Responderam eles: Doze!
20 E de quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de
pedaços recolhestes? Responderam: Sete!
21 Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?
Fonte:
Devocionário Todo dia com Jesus
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