segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Práticas religiosas

segunda-feira 

Tenham o cuidado de não praticar suas “obras de justiça” diante dos outros para serem vistos por eles. [Mateus 6.1]

Jesus evidentemente presumiu que seus discípulos se engajariam nas práticas comuns da doação, da oração e do jejum, pois esse trio de obrigações religiosas expressa nossa obrigação para com Deus (oração), os outros (doação) e conosco (jejum). 

Os três parágrafos no início do capítulo 6 de Mateus seguem um padrão idêntico. 

Por meio de uma ilustração vívida e espirituosa, Jesus pinta um quadro de hipócritas que praticam sua piedade diante dos homens a fim de serem aplaudidos por eles. 

Se você fizer isso, diz ele, terá recebido sua recompensa por completo, a saber, o aplauso que tanto deseja. Ao contrário, pratique sua piedade em segredo, pois assim seu Pai celestial que vê em secreto irá lhe recompensar.

O primeiro exemplo de Jesus é a doação. Ele retrata um fariseu pomposo a caminho de fazer sua doação. 

Diante dele marcham os tocadores de trombeta, conduzindo uma fanfarra, ansiosos por juntar uma plateia, pois o hipócrita é um ator envolvido em uma apresentação teatral. 

Ao contrário, não deixe que sua mão esquerda saiba aquilo que a direita está fazendo. Ou seja, não devemos nem sequer estar constrangidos a ofertar, ponderando sobre a doação com espírito de vanglória.

O segundo exemplo de Jesus é o da oração. Não devemos fazer alarde de nossos hábitos de oração, mas devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e orar ao nosso Pai em secreto. 

Nada destrói mais a oração que olhares de soslaio para espectadores humanos, do mesmo modo que nada a enriquece mais que um sentimento de que Deus a está ouvindo. 

Nosso Pai nos recompensará — não com alguma recompensa inadequada, mas com aquilo que mais desejamos, a saber, o acesso à sua presença.

O terceiro exemplo de Jesus é o jejum, que ele desencorajou em seus discípulos. 

A Bíblia sugere que o jejum não deve ser uma prática isolada, mas deve estar associado ao arrependimento, à autodisciplina, à preocupação com os famintos e a tempos específicos de oração para necessidades especiais. 

Quando jejuamos, não devemos aparentar tristeza ou desfigurarmos nossos rostos, mas aparentarmos normalidade, de modo que ninguém suspeite que estejamos jejuando.

O contraste é gritante. A piedade farisaica é ostentadora, motivada pela vaidade e recompensada pelos homens; a piedade cristã é secreta, motivada pela humildade e recompensada por Deus.

Para saber mais: Mateus 6.1-18

Fonte: Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/02/02/autor/john-stott/praticas-religiosas-2/

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