terça-feira
Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus […]. Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. [Êxodo 20.7-8]
Ao equiparar esses dois mandamentos, observamos que tanto o nome do Senhor como o Dia do Senhor devem ser tratados com grande respeito.
Como podemos usar o nome de Deus de maneira incorreta? O mandamento certamente proíbe a blasfêmia e a linguagem indecorosa.
Ele também inclui o falso juramento, ou seja, fazer um juramento e não cumpri-lo. O melhor, como disse Jesus, é não jurar.
Pessoas honestas não precisam de juramentos para garantir que vão cumprir seus compromissos; um simples sim ou não é suficiente (Mt 5.33-37).
Porém, há uma maneira ainda mais séria de usarmos o nome de Deus de forma incorreta. Ela decorre do fato de que o nome é mais que uma palavra; ele se identifica com a própria pessoa e seu caráter.
Assim, usamos incorretamente o nome de Deus sempre que nossas atitudes são incompatíveis com o seu caráter. Quando chamamos Deus de “Pai”, sem confiar nele, ou declaramos que Jesus é “Senhor”, sem obedecer a ele, estamos usando o seu nome em vão.
Passando do terceiro para o quarto mandamento, e assim do nome do Senhor para o dia do Senhor, percebemos que ele começa dizendo: “Lembra-te do dia de sábado”.
Isso indica que ele já estava sendo observado, aliás, desde o princípio, conforme o livro de Gênesis.
Assim, por ser uma prática instituída desde a criação, esta é uma provisão de Deus para toda a humanidade, e não somente para o povo da aliança.
O descanso foi estendido também aos servos, uma vez que os próprios israelitas foram escravos no Egito até que o Senhor os libertou (Dt 5.15).
Lucas nos diz que Jesus costumava frequentar a sinagoga no dia de sábado (Lc 4.16). Ele, no entanto, não se prendia às inúmeras regras que a tradição havia acrescentado à lei de observância do sábado (um grandioso total de 1.521 regras, de acordo com os rabinos Johanan e Simeon ben Lakish).
Ao contrário, Jesus insistiu no princípio de que “o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Mc 2.27).
Para saber mais: Mateus 5.33-37
Fonte: Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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