quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O sal e a luz

quarta-feira 

Vocês são o sal da terra… Vocês são a luz do mundo… Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens. [Mateus 5.13-14,16]

Sal e luz são duas das maiores necessidades nos lares. Certamente Jesus deve ter visto, inúmeras vezes, sua mãe usar o sal na cozinha. Naqueles dias, antes de existir a refrigeração, o sal era usado normalmente com propósitos antissépticos e de preservação. Assim, Maria deixava peixe e carne mergulhados em água salgada e acendia lamparinas a óleo quando o sol se punha.

Jesus escolheu essas imagens para indicar a influência que ele desejava que seus seguidores exercessem no mundo. O que ele quis dizer? 

O que é legítimo para nós deduzir dessa sua escolha de metáforas? Acredito que ele estava ensinando quatro verdades. 

Primeiro, os cristãos são radicalmente diferentes dos não-cristãos. Ambas as imagens estabelecem as duas comunidades em contraste uma com a outra. Por um lado, há o mundo; por outro, há você, que deve ser luz na escuridão do mundo. 

Novamente, o mundo é como carne apodrecida e peixe em decomposição, mas você deve ser o seu sal, detendo a deterioração da sociedade. As duas comunidades são tão diferentes uma da outra quanto a luz é da escuridão, e o sal, da corrupção.

Segundo, os cristãos devem penetrar na sociedade não-cristã. Embora espiritual e moralmente distintos, não devemos ser socialmente segregados. 

Uma lâmpada não traz nenhum benefício se for guardada no armário; e o sal não faz bem se ficar dentro do saleiro. A luz deve brilhar na escuridão; o sal deve penetrar na carne. Ambos os modelos ilustram o processo de penetração.

Terceiro, os cristãos podem influenciar e mudar a sociedade não-cristã. Sal e luz são ambos mercadorias eficazes. Eles mudam o seu ambiente. 

Quando o sal é introduzido na carne, algo acontece; a deterioração bacteriológica é contida. Do mesmo modo, quando a luz é acesa, algo acontece; a escuridão é dissipada. 

Não apenas indivíduos podem ser mudados; sociedades também podem ser transformadas. É claro que não podemos tornar a sociedade perfeita, mas podemos melhorá-la. 

A história está cheia de exemplos de melhora social por meio da influência cristã.

Quarto, os cristãos devem conservar as características cristãs. O sal deve reter sua salinidade; caso contrário, será inútil. 

A luz deve reter seu brilho; caso contrário, nunca dissipará a escuridão. E quais são nossas características cristãs? O restante do sermão do monte nos diz.

Para saber mais: Mateus 5.13-16

Fonte: Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/01/21/autor/john-stott/o-sal-e-a-luz-2/

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