Estou vivendo um
momento de necessidade íntima, espiritual de fazer, sempre, o que prego, o que
ensino; preciso testemunhar fazendo o que o Senhor Jesus nos determinou (Mt 5
23-25): “quando fores levar tua oferta [não necessariamente financeira, mas de
vida, de serviço] e lembrares que alguém tem algo contra ti, deixa a oferta,
vai e reconcilia-te com ele; depois vem e faze a tua oferta.”
É necessário voltar ao
passado, ao passado ontem, que é longo [73 anos], e ao passado hoje, que é o
minuto anterior. Sem esse retorno, sem essa ação de reestabelecer contatos, sem
esse ato de rever os erros, as fraquezas, as mazelas, as ofensas, embora as
maiores, as mais graves não tenham se concretizado, mas tenham permanecido nos
limites do pensamento, nos limites da vontade, virando amarguras. Mas, é
necessário revê-las, é preciso perdoar, é imprescindível pedir perdão.
Se não perdoarmos, não
seremos perdoados (Mt 6 12, 14-15), mas se perdoarmos teremos vida eterna, a
eternidade com o Mestre que nos ensinou, e ensinou porque vivenciou, praticou,
foi exemplo.
Resisti ao “Facebook”
por ser invasivo de privacidade, mas ele tem essa vantagem [que não é virtude]
de nos permitir localizar, encontrar os relacionamentos passados, de permitir
que, também, sejamos invasivos; permite-nos encontrar aqueles com os quais
precisamos voltar a conviver, aqueles aos quais temos que pedir perdão, aqueles
que temos que perdoar. Mas, o receio de sermos incompreendidos limitou os
contatos já feitos!
Passei uns três dias,
dos cinco em que estive no interior, buscando os amigos passados, aqueles que
eu teria ofendido [mesmo sem palavras], mas com a ação, o pensamento, a
indiferença, a zombaria, o escarnecer; os que me ofenderam, não com o verbo,
mas também com atos; os que honrei, virtuosos que são, os que me honraram
imerecidamente, para viabilizar essa atitude simples de reatar relacionamentos,
agora sadios porque ministrados pelo meu Senhor Jesus, o Cristo.
Alguns foram imediatos em
dizer o sim alegremente [e eu feliz em recebê-los]; alguns ainda estão
pensando, outros deixarão como está, mas a consciência está leve, está limpa,
agora!
Os erros ficaram para
trás, eis que tudo se fez novo, parafraseando o Apóstolo Paulo (II Co 5. 17),
os acertos, poucos, anteriores, permanecerão para sempre, procurando a
perfeição, pois o Deus Pai, através do Deus Filho, ambos Perfeitos, é que querem
que o sejamos também (Mt 5 48).
Antes da viagem,
27.07.2014, escrevi outro texto, anterior a este, sobre este mesmo assunto, a
mesma vontade, idêntica necessidade; Deus já estava tocando o meu coração, mas
só será publicado depois, nos meus veículos costumeiros semanais.
Simples assim.
Edmar Torres Alves - editor do Sê Fiel
05.08.2014
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