terça-feira, 5 de agosto de 2014

Perdoar para ser perdoado [não é o perdão interesseiro]!



É o perdão obediência! É o perdão amor!

Estou vivendo um momento de necessidade íntima, espiritual de fazer, sempre, o que prego, o que ensino; preciso testemunhar fazendo o que o Senhor Jesus nos determinou (Mt 5 23-25): “quando fores levar tua oferta [não necessariamente financeira, mas de vida, de serviço] e lembrares que alguém tem algo contra ti, deixa a oferta, vai e reconcilia-te com ele; depois vem e faze a tua oferta.”

É necessário voltar ao passado, ao passado ontem, que é longo [73 anos], e ao passado hoje, que é o minuto anterior. Sem esse retorno, sem essa ação de reestabelecer contatos, sem esse ato de rever os erros, as fraquezas, as mazelas, as ofensas, embora as maiores, as mais graves não tenham se concretizado, mas tenham permanecido nos limites do pensamento, nos limites da vontade, virando amarguras. Mas, é necessário revê-las, é preciso perdoar, é imprescindível pedir perdão.

Se não perdoarmos, não seremos perdoados (Mt 6 12, 14-15), mas se perdoarmos teremos vida eterna, a eternidade com o Mestre que nos ensinou, e ensinou porque vivenciou, praticou, foi exemplo.

Resisti ao “Facebook” por ser invasivo de privacidade, mas ele tem essa vantagem [que não é virtude] de nos permitir localizar, encontrar os relacionamentos passados, de permitir que, também, sejamos invasivos; permite-nos encontrar aqueles com os quais precisamos voltar a conviver, aqueles aos quais temos que pedir perdão, aqueles que temos que perdoar. Mas, o receio de sermos incompreendidos limitou os contatos já feitos!

Passei uns três dias, dos cinco em que estive no interior, buscando os amigos passados, aqueles que eu teria ofendido [mesmo sem palavras], mas com a ação, o pensamento, a indiferença, a zombaria, o escarnecer; os que me ofenderam, não com o verbo, mas também com atos; os que honrei, virtuosos que são, os que me honraram imerecidamente, para viabilizar essa atitude simples de reatar relacionamentos, agora sadios porque ministrados pelo meu Senhor Jesus, o Cristo.

Alguns foram imediatos em dizer o sim alegremente [e eu feliz em recebê-los]; alguns ainda estão pensando, outros deixarão como está, mas a consciência está leve, está limpa, agora!

Os erros ficaram para trás, eis que tudo se fez novo, parafraseando o Apóstolo Paulo (II Co 5. 17), os acertos, poucos, anteriores, permanecerão para sempre, procurando a perfeição, pois o Deus Pai, através do Deus Filho, ambos Perfeitos, é que querem que o sejamos também (Mt 5 48).

Antes da viagem, 27.07.2014, escrevi outro texto, anterior a este, sobre este mesmo assunto, a mesma vontade, idêntica necessidade; Deus já estava tocando o meu coração, mas só será publicado depois, nos meus veículos costumeiros semanais.

Simples assim.

Edmar Torres Alves - editor do Sê Fiel

05.08.2014

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