segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O início da perseguição

segunda-feira

[As autoridades] agarraram Pedro e João e […] os colocaram na prisão. (Atos 4.3)

Lucas deixa claro que a perseguição aos apóstolos começou com os saduceus. O grupo dos saduceus era formado por aristocratas abastados que representavam a classe dominante. Eles tinham vários motivos para se ressentir do ensino dos apóstolos. Por não estarem esperando o Messias, ficaram irritados com o testemunho dos apóstolos acerca de Jesus. Por rejeitarem o sobrenatural, “eles estavam muito perturbados porque os apóstolos estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dos mortos” (v. 2). Por colaborarem com os romanos, eles temiam a influência subversiva do movimento cristão e estavam determinados a deter a sua propagação. Eles consideravam os apóstolos agitadores e hereges.

Assim, Pedro e João foram detidos, encarcerados e, na manhã seguinte, trazidos diante do Sinédrio. Estavam ali Anás e Caifás, que foram personagens de destaque no julgamento e na condenação de Jesus. Estaria a história se repetindo? O interrogatório começou com uma pergunta direta aos réus: “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” (v. 7). Pedro respondeu sem hesitação que foi no nome de Jesus de Nazaré, a quem eles haviam matado e que Deus havia ressuscitado. Desviando a conversa para o tema da salvação, ele declarou que Jesus era o único Salvador (v. 12).

O tribunal então proibiu Pedro e João de pregar ou de ensinar “neste nome”, um nome que eles relutavam até mesmo em pronunciar (v. 17). Os apóstolos, no entanto, disseram que não poderiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido. Depois de mais ameaças, eles os deixaram ir.

Imediatamente os apóstolos voltaram para os seus companheiros, contaram tudo o que havia acontecido e oraram. Depois de testemunharem corajosamente, eles agora oravam corajosamente. Mas antes de pedir qualquer coisa, eles relembraram quem era esse Deus a quem eles oravam, chamando-o de Despotes, “soberano Senhor”, e lembrando que ele é o Deus da criação, da revelação e da história. Depois dessa visão clara de Deus agora estavam prontos para orar, não por sua segurança, mas para que pudessem pregar o evangelho “corajosamente” (v. 29) e que Deus confirmasse sua Palavra com sinais e maravilhas.

Para saber mais: Atos 4.23-31

Fonte: Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/09/14/autor/john-stott/o-inicio-da-perseguicao-2/

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